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Gestão do Processo de Desenvolvimento de Produtos, Processos e Serviços (PDP)

Gestão do Processo de Desenvolvimento de Produtos, Processos e Serviços (PDP)

Autor: Mauro Costa

 

Se a sua empresa desenvolve produtos de forma eficiente, mas ainda assim enfrenta: 

  • retrabalhos no processo de desenvolvimento ou no próprio produto; 
  • os custos de desenvolvimento ou do próprio produto não são os projetados; 
  • os prazos de desenvolvimento não são atingidos; 
  • não se consegue atingir todos os requisitos da qualidade do produto; 
  • o produto não tem o sucesso de mercado esperado;
  • então algo precisa mudar, concorda?

 

- Mas dá para fazer melhor que isso? 

Sim! Dá! 

- Mas desenvolver produtos não é sempre um risco?

Isso mesmo! Mas há formas sistematizadas para minimizarmos muito esses riscos.

 

Existem as Melhores Práticas para gestão de projetos de desenvolvimento de produtos, que visam exatamente isso. Porém a imensa maioria das empresas não as conhece ou não as utiliza. Utiliza processos empíricos que dependem unicamente da percepção de quem os conduz. Assim, facilmente estão sujeitas aos problemas relatados acima.

 

O que é PDP, afinal?

Qualquer empresa industrial ou de serviços possui um Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP) próprio que pode mudar com o tempo ou conforme a situação. Geralmente é empírico, ou seja, sem a necessária compreensão das relações de causa e efeito e está restrito ao enfoque da pessoa que o implementa. Quando falamos em Produtos, entenda-se: Produtos, Processos e Serviços, que neste artigo são tratados indistintamente.

Muitas vezes o processo de desenvolvimento inicia com a ideia de um sócio, diretor, representante, cliente, ou mesmo de pessoal interno da empresa. Então é escolhida uma pessoa na empresa, que será a responsável pelo desenvolvimento. Geralmente se fazem cálculos de viabilidade econômica daquele desenvolvimento e é estabelecido um cronograma, que serve para balizar as etapas e atividades do desenvolvimento.

À medida em que o trabalho se desenvolve, correções vão sendo feitas, conforme os imprevistos vão surgindo.

 

Os imprevistos causam retrabalhos, atrasos e elevam custos

Esses imprevistos, geralmente causam retrabalhos, atrasos ou custos não previstos. Além disso, requisitos do desenvolvimento ou do próprio produto podem não ser alcançados. Com isso, o produto desenvolvido perde a capacidade de atingir o almejado sucesso no mercado.

Desenvolvimentos de produtos consomem tempo e recursos para serem finalizados e sabemos que esses dois quesitos são limitados. O propósito do PDP, portanto, é não se deixar levar por expectativas irreais de que qualquer ideia apresentada à organização pode ser realizada.

Os projetos de desenvolvimento são incluídos ou excluídos da carteira com base em:

  • seu alinhamento com a estratégia da empresa;
  • seu desempenho em relação aos objetivos de negócios.

 

Causas e Consequências

Quando ocorre falha em algum desenvolvimento, podemos constatar algumas causas e suas consequências.

  • Falhas no estudo de viabilidade técnica. Poderão ser necessários mais investimentos e despesas do que havia sido planejado.
  • Falhas no estudo de viabilidade comercial. O mercado é menor do que o suposto, ou está em declínio. Essas falhas podem levar a reduções no faturamento esperado.
  • Falhas no estudo de viabilidade econômica. Esse estudo é muito suscetível a falhas no estudo de viabilidade técnica e também no estudo de viabilidade comercial. Também pode haver erros de interpretação devido a uma apreciação mais simplista das variáveis envolvidas.
  • Desperdício econômico / financeiro, investimentos e despesas. Um desenvolvimento pode custar mais que o esperado, devido a falhas na análise de riscos ou na implantação de ações mitigatórias ou redutoras de impacto.
  • Responsabilidade de desenvolvimento sobre uma única pessoa. Conflitos de interesses e de prioridades, muitas vezes levam a atrasos e outras falhas.
  • Perdas de faturamento por atrasos no lançamento do produto. Como qualquer produto tem o seu tempo ótimo de desempenho no mercado, os atrasos em seu lançamento não provocam a simples postergação do faturamento, mas a perda efetiva desse faturamento.
  • Perda de margens devido ao custo do produto resultar maior do que o esperado. Falhas no planejamento podem levar a custos não previstos, resultando em produtos com margens menores do que o planejado chegando, em casos não raros, à total inviabilização do produto.
  • Menor desempenho do produto no mercado devido ao não atendimento a algum requisito estabelecido. Falhas no processo de desenvolvimento podem ir extirpando requisitos do produto como características técnicas, estéticas, de qualidade ou de confiabilidade.
  • Desmotivação das pessoas envolvidas com o projeto. Pessoas tendem a encarar falhas no trabalho de forma negativa, incorporando culpa e insatisfação consigo mesmas e com a empresa.
  • Desacreditação dessas pessoas e do próprio processo de desenvolvimento de produtos por parte da direção e sócios da empresa. Como em toda falha sempre há um culpado, uma análise mais superficial apontará pessoas e processos que serão devidamente colocados de lado. Porém, geralmente é recomendável uma análise mais detalhada do problema, onde é comum encontrar-se uma multiplicidade de causas raízes, muitas vezes associadas a um processo empírico e espontâneo, criado para suprir a falha da empresa em estabelecer a utilização das melhores práticas.
  • Perda de desempenho da empresa. Com as perdas de faturamento e de margens, a empresa tem menores condições de caixa. Com isso diminuem as condições para investir em capacitação de pessoal, na melhoria dos produtos existentes, no desenvolvimento em novos produtos e processos, em melhorias na qualidade e produtividade. Com isso ela perde ainda mais desempenho e se estabelece um círculo vicioso.
  • A falta de competitividade vai se agravando com o tempo. Disso decorre a perda de valor da empresa no mercado. Caso o círculo vicioso não seja interrompido, isso pode levar à insolvência da empresa.

 

Um investimento necessário

Mesmo com todas essas dificuldades, a avaliação dos produtos atuais e o desenvolvimento de novos produtos são vitais para o futuro da empresa. Conforme vimos no artigo Inovar - Como? , qualquer produto se torna obsoleto em algum momento. 

O ciclo de vida de um produto pode ser entendido como a história completa do produto através de suas fases de vendas: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Então é preciso exercer um monitoramento contínuo dos produtos a fim de identificar o momento em que eles necessitam de alguma reformulação ou mesmo a sua retirada do mercado.

Motivos do declínio: novos produtos mais eficazes; novos produtos mais eficientes; falta de necessidade pelo produto. 

 

Ao implementarmos um processo estruturado para o desenvolvimento de produtos, obtemos vários benefícios.

  • Maiores chances de sucesso do produto no mercado.
  • Melhores práticas para a gestão do processo de desenvolvimento de produtos: alocação dos esforços necessários em cada etapa.
  • Avaliação e monitoramento de riscos.
  • Evitamos retrabalhos.
  • Controle de custos, prazos e atendimento a requisitos.

 

Há duas estratégias básicas de desenvolvimento de produtos. Podemos tomar como base a tecnologia que se possui – é o tipo de estratégia product-out. Segundo essa estratégia, o principal fator a ser considerado são as capacidades internas da empresa, tanto em seus ativos, quanto em seus talentos.

Outro tipo de estratégia é a market-in. Quando usa essa estratégia, a empresa ouve a voz do mercado, conversa com seus clientes atuais e potenciais e entende quais são as suas necessidades. Assim consegue focar melhor seus desenvolvimentos e fabricar aquilo que o mercado quer. Nesse caso também é possível antecipar-se e até mesmo criar necessidades de consumo para os seus produtos, fabricando então o que pode vender.

 

O desenvolvimento de produtos é considerado um processo de negócio cada vez mais crítico, devido à internacionalização de mercados, diversificação de produtos e redução do ciclo de vida de produtos no mercado. É por meio desse processo que a empresa cria produtos mais competitivos e em menor tempo. O PDP situa-se na interface entre a empresa e o seu mercado. (ROZENFELD et al.)

 

Ganhos que obtemos ao estruturar um modelo de PDP:

  • Melhorias em produtos e processos. Na fase de declínio do produto no mercado, é possível estabelecer ações que visem: fazer pequenos ajustes que melhorarão o desempenho do produto; reestruturação total do produto; ou a sua retirada do mercado.
  • Desenvolvimento de novos produtos e processos. Com novos produtos de sucesso no mercado, aumentamos o faturamento da empresa. Com novos e otimizados processos, reduzimos custos e as margens sobem.
  • Melhorias em processos organizacionais. Com melhorias nos processos organizacionais, poderemos reduzir custos ou melhorar a qualidade de produtos e serviços.
  • Novas estratégias de marketing. Com novas estratégias de marketing poderemos alcançar novos mercados e clientes, que ajudarão a aumentar o faturamento.
  • Participação de pessoas chaves. Com o estabelecimento de gestão matricial temporária, o desenvolvimento recebe ações mais qualificadas, as pessoas se sentem mais “donas” do desenvolvimento e se esforçam para que tudo dê certo.
  • Custos e prazos sob controle. Quando os custos e prazos estão sob controle, o resultado do desenvolvimento será conforme o planejado, disponibilizando produtos processo e serviços que ajudam a impulsionar faturamento e melhorar as margens.
  • Desenvolvimentos bem planejados, minimizam os riscos, evitam mudanças de rumo, retrabalhos e custos inesperados. Com isso a empresa obtém um diferencial competitivo, que lhe permite investir mais em capacitação e talentos, qualidade, produtividade, minimizando os seus riscos. Isso cria um círculo virtuoso que impulsiona a empresa a patamares mais elevados de desempenho e de criação de valor.

 

Como implementar as Melhores Práticas?

A Evolut detém um modelo de referência para gestão do Processo de Desenvolvimento de Produtos, que utiliza as Melhores Práticas. Esse Modelo  Referencial deve ser dimensionado de acordo com as características especificas da sua empresa. Esse Modelo tem interfaces com a Gestão de Projetos e também com a Gestão da Inovação (Inovar - Como?) Com esse processo implementado, a empresa terá muito mais chance de sobreviver a esse futuro incerto.

A Evolut está preparada para atender sua empresa, trazendo o conhecimento e ajudando-a no dimensionamento e implementação do Modelo Referencial de Gestão do Processo de Desenvolvimento de Produtos, Processos e Serviços (PDP). Conta com equipe multidisciplinar de larga experiência e em constante capacitação. 

Estamos à disposição para agendar uma visita. Entre em contato: evolut@evolutengenharia.com.br ou Whatsapp: +55 54 9 9144 5525